sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Caindo pelas Cores

Bom... Antes decomeçar o estranho poema que me pus a escrever ( mundando um pouquinho a temática, mas n deixa de ser um conto, ok?) estou aqui para dizer um pouco de como tem sido minha vida desde a ultima postagem... Pois bem...

Bom, as aulas tem sido maravilhosas, claro, também assustadoras. Tenho tido um pouco de dificuldade em me concentrar nas aulas. Talvez seja o cansaço, o trabalho tem sido stressante também. Mas devo admitir que tudo está sendo novo e interessante. Me dei bem com alguns professores, outros creio que terei problemas. As zueiras dentro do onibus tem sido fantasticas, sem contar as merdas que falo em sala de aula.
Mas a cada aula vejo o quanto quero exercer a função que escolhi. Creio que dar aula será uma realização, talvez. Tenho tantos projetos... tantos...
Conheci também alguns colegas de classe que são legais, loucos e talentosos. São, sem duvida muito bom no que fazem. N sei se serei amigo de todos, mas creio que isso é uma coisa natural, destes tenho certeza de ao menos 2 amigos de verdade tirarei.

Ah, sem contar as mulheres... LINDAs.. kkkkkkkk

Enfim...
Ah, vamos ao conto vai...
uhm.. o que dizer dele... Acho que foi um momento fulgaz enquanto eu estava estudando para a diciplina "Oficinas e Vivências Pedagógicas"... N sei se é profundo como imaginei, tampouco n sei se compartilharão o mesmo sentimento de tristeza q eu tive ao imaginar Aliane... Mããããããssss, no conteúdo geral, além de ser um rascunho apenas do que um dia poderia virar um bom conto, ou não, não é uma historia tão fantastica quanto costumo escrever, creio que é apenas uma citação de uma vida.

chega de bla bla neh. Vamos ao que interessa. XD
Boa Leitura pessoal!



Caindo pelas Cores
Por Douglas Reverie





Pobre era Aliane, tão jovem e já jogada as traças, ratos e baratas.
Vivia num mundo cinza, triste e medonho.
Altas Torres sombreavam os becos, lúgubres e tristonhos.
Ah! Pobre dela que não tem o que comer solitária a caminhar.


Suja eram suas roupas, um velho vestido maltrapilho.
Sua pele branca, agora é apenas papel cinzento.
Caindo na sarjeta e molhando-se com a chuva.
A água a leva pelos bueiros negros.

Mas Aliane tinha um sonho,
Era tão simples, tão certo, tão fácil...
As nuvens apagadas encobriam o céu azul,
E a fumaça escura bruxuleava céu acima.

Um Sonho Simples...

Assim, antes de mais uma noite fria cobri-la como um velho lençol,
Aliane fechou os olhos e sonhou o mundo colorido.
Misturas abstratas de cores fugazes.
Não havia luz ou sombra.

Era a queda pelas cores.
Cor tinha gosto,
Cor tinha som,
Cor tinha cheiro.

No sonho de Aliane as cores eram palpáveis,
Eram macias e ásperas,
Eram lisas e rígidas.
E acima de tudo, eram Risonhas.

Aliane acordou então, no frio se juntou com o papelão.
Agora tudo escuro, em seu sonho era diferente.
Ela era feliz com suas cores.
E a tristeza reinava mais uma vez.

Assim ela se levantou, carregando consigo apenas doze anos de amargura;
Só podia aguardar mais uma vez uma outra pessoa.
A espera de moedas, ela prostrou-se junto ao sinal;
Assim, com alguns trocados, ela poderia em fim voltar a sua queda colorida e feliz.

Assim, poderia comprar do pó mágico.
Da pedra do Rei.
Da bebida divina.
Até o dia em que nunca mais deixaria o mundo colorido para trás.

Pobre era Aliane, que não tinha a quem amar...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Travessia do Meridianu

Olá, aqui estou eu novamente postando outro devaneio... Bom, devo antes dar-lhes bom dia, boa noite ou então boa tarde. Creio que viram a mudança do blog, espero que tenha melhorado a leitura e que o visual seja do agrado de todos.
Ano novo, Novo Layout.

Bom, antes de lerem o relato de um pobre homem num navio, creio que eu deva fazer umas mensões, não?
A ideia surgiu antes de mais nada no trabalho (pra variar) enquanto, no mínimo, estava desligado com uma tesoura na mão (para quem não sabe sou um jardineiro). Então me viera a idéia... como seria relatar isso...?
Na real não é uma idéia nova, tampouco inédita ou inovadora, mas é uma ficção um pouco surreal, dentro dos gêneros que amo tanto que é a ficção e a fantasia. Saudade de voltar a escrever algo tão ... viajado?
Enfim, espero que seja de vosso agrado, Leitoras e Leitores.

Bem vindos aos pontos longinquos da minha mente estranha e violenta;




A Travessia do Meridianu







“Desde que me lembro, tenho essa moeda no bolso.”


A Nau vinha atravessando o que chamam de Meridianu desde que me lembro existir, talvez eu tenha perdido a memória... Mas ninguém fala disso, todos aqui, neste convés parecem ser como eu, desmemoriados, doentes e fracos.
Cada um nesta embarcação tem uma função, desde cuidar das velas, alimentarem a tripulação, pescar, cuidar das rotas... A minha?
Eu ponho ossos na caldeira.
Há muito a vida no Meridianu era ruim, muitos morriam, muitos morrem. Essa viagem está nos custando muitas vidas, mas ninguém fala disso também, meu trabalho é ficar nas caldeiras, onde alimento as chamas com os ossos daqueles morrem no navio.
As caldeiras mantêm o navio aquecido nestas águas cinzas que refletem as nuvens carregadas no céu tristonho e abatido.
O navio é recoberto com dutos, por onde correm vapores que nos aquece. A carne dos mortos jogamos ao mar, também tenho de desossar meus companheiros a fim de queimar apenas os ossos.
Creio que estamos muitos e muitos anos no mar, não tenho como datar isto, mas me parece uma lembrança perdida a terra seca e o céu límpido, ás vezes acho que isso fora um devaneio. Ainda duvido que tal lugar exista por trás dessas águas enevoadas.
Vivemos da pesca, caçando crustáceos transparentes com gosto de alga mofada. Não temos remédios tampouco higiene descente. Há pouco tempo houvera uma praga que matara boa parte da tripulação, éramos muitos no começo, muitos... Não passamos de vinte agora.
Recebemos ordens de Vulkhan, este homem assustador que quase não sai da cabine da proa. Não conhecemos seu rosto, não sabemos nada dele, apenas que estamos indo para um lugar além do Meridianu. Das poucas vezes que o vimos, ele trajava um manto escuro e um elmo na cabeça, oxidado devido a maresia, e as vezes vislumbrávamos suas mãos nuas, acinzentada e esquelética como os mortos.
Não entendo Vulkhan e sua missão, mas simplesmente seguimos sua ordem como se ela pudesse salvar nossas vidas.
Às vezes, vemos também os remadores que vivem nos cascos, eles não comem, não bebem, são tão pálidos quanto Vulkhan, usam panos enrolados no rosto e quase não usam roupas, com exceção de trapos que protegia as partes intimas. Nunca descemos até os cascos onde ficam os remos tão grandes comandados pelos Remadores. Eles não falam e muita das vezes tive impressão de que os mesmo não têm rostos, não tem nome e são todos muito parecidos, não fossem pelas mudanças físicas de masculino e feminino.
São muitos.
Muitas vezes eles nos salvaram das tempestades, quando ás vezes as velas já não serviam mais, eram os remos que nos mantinham na rota.
Muitos de nós nos perdemos nas águas. Quando Vulkhan aparecia nessas situações ele dizia que quando um homem ou mulher dentre nós caísse nas águas, não deveríamos resgatar, pois um grande mal voltava com eles à tripulação.
Um de nós caiu durante a tempestade e quase morreu afogado, engolira muita água. Ignoramos as ordens do capitão e o trouxemos de volta ao convés e então, Vulkhan o viu e o matou com sua espada, com ferindo no peito de onde saíra um sangue escuro e fétido. Após este incidente, do qual nem os ossos daquele homem eu joguei na caldeira, houvera uma praga que dizimou quase todos de nós.
Vulkhan havia avisado e nós não ouvimos.
O sangue escuro ainda mancha a madeira cinza do navio e um cheiro pútrido ainda impregna nossas narinas. Assim, todos que caíam nas águas, desde então, eram deixados lá.
Ainda que gritassem.

Nunca vimos outra embarcação, embora houvesse quem dizia que outras Naus já foram vistas. Talvez alguém mais velho e antigo que eu, mas não me lembro ao certo dele, tampouco me lembro de uma época antes desde navio.
Hoje, no entanto, parece que estamos próximos do fim do Meridianu, as águas estão ainda mais sinistras e lúgubres que antes. Vislumbramos corpos boiando na água e eventuais manchas vermelhas que no decorrer desta manhã aumentaram em tamanho até tornar totalmente a cor do mar num carmesim de morte.
A nevoa dissipava-se lentamente, havia um sentimento eufórico em mim... Creio que em todos agora que navegávamos em águas calmas.
Não tem vento.
O som alto e perturbador vinham dos remadores que violentamente batiam seus remos contra a água e restos de corpos.
Aqui e ali começavam a surgir carniceiro, com gralhares altos e o cheiro podre de sangue e carne parecia infectar nossas peles junto à maresia. E então todos começaram a pensar se era naquele lugar que deveríamos estar.
Vulkhan deixou a cabine e nos reuniu junto à proa e ficamos em silencio, ouvindo as aves e o choque da madeira com a água, eventuais batidas surdas de ossos contra o casco, ou seriam carnes?
A nevoa estava fina e vermelha. O sangue fazia parte daquilo. Meu peito encheu-se de temor.
Pensei em Deus, palavra nostálgica. Nome Nostálgico, não pensava nele desde...

A Torre.
No horizonte havia uma Torre que subia até as nuvens, era algo inacreditável, escura e solitária, seu reflexo dançava naquela água suja e subia da escuridão até ás nuvens carregadas onde relâmpagos silenciosos brilhavam majestosos.
Mas havia uma aura sinistra em sua base e a água negra parecia se adensar.
Logo havia um piche tão grosso que parecia sólido.
Não havia mais água ali.
Apenas uma espessa camada de algo sujo, pegajoso e não demorou a ficar completamente sólido.
As âncoras desceram, quebrando a casca fina daquela coisa brilhante que nos refletia como um espelho. Haviam carniceiros aqui e ali e então os Remadores desceram a ponte que dava direto naquele vidro negro.
Nós todos descemos e Vulkhan nos acompanhou.

“Dêem-me as moedas” disse ele com aquela voz esganiçada, como que quem rasgava o a pele humana. Dentre todos que estavam lá, apenas eu a tinha. Os remadores desceram. Deus... Vulkhan ordenou o massacre daqueles que não tinham moedas. Aqueles remadores sem rostos os mataram a socos e chutes de extrema violência. Eles gritaram, pediram clemência, mas Vulkhan não fizera nada, estava impassível diante de tal cena escabrosa. Eles gritavam... E o desespero dos dezenove era o deleite dos carniceiros. Tentei mover-me, mas não consegui, queria fugir dali, parar de ouvir tais gritos. Era essa a natureza humana? Fugir? Falta-me coragem para defender aqueles homens e mulheres... Deus estava no topo daquela Torre? Porque não fazia nada? Não lançava um de seus relâmpagos para punir Vulkhan?
Eu estava ajoelhado quando ele prostrou-se diante de mim, arrancou a moeda de minha mão e, sentindo sua respiração que saia com fumaça de dentro daquele elmo velho, o vi apontar para aquela torre.
“Você pagou pela Travessia e sobreviveu a ela. Parte do Carma está pago. Lá, na Torre do Expurgo, terá a outra parte a ser resolvida, ou não. Mas você não é mais problema meu. Já trouxe a sua alma até aqui. Adeus, ou até a próxima viagem.”

Aquele desgraçado terminou dando de ombro e subindo no navio mais uma vez.
Os remadores se atolavam na lama negra arrastando os corpos dos dezenove tripulantes para dentro da água, enquanto esquivavam-se dos carniceiros com seus rasantes ferozes.
Lentamente, sujos de sangue e lodo, eles adentraram navio.
A âncora fora puxada de volta e eu podia ouvir aquelas correntes serem mastigadas pelas engrenagens. Os remos começaram a mover, calçando o navio na lama e o arrastando tão devagar quanto um por do sol.
Eu o vi, sem mexer sequer um músculo, desaparecer em meio a nevoa. Agora restava apenas eu e os corvos.
Atrás de mim; o Purgatório depois de um deserto sem fim feito de um vidro negro que me reflete a alma falida e cansada.
Eu estou morto.
E depois de uma eternidade naquelas águas cinzentas, talvez fosse apenas isto que restasse...





...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

2010 - Agradecimentos e Planos...e Premio!

Foi um ano incrivel não?

Incrivel em varios aspectos... Não, hoje não tem conto... bom, pra começar, sei que este é aquele tipo de postagem que ninguem lê. Por ser Chata e longa.. mas eu o farei.. ( nossa, com frequencia menosprezo minhas críticas, não? e com a mesm frequencia mostro preguiça em escrever de maneira certa com português correto.. mas enfim)

Bom, devo dar a todos um Feliz Ano Novo ( embora seja dia 8, de madrugada, estou cansado e com sono, mas preciso fazer isso.)

O ano de 2010 foi incrivel em varias maneiras, pois fiz tantas coisas... Tanto mudou, tudo mudou.
( lá vem desabafo... )
Bom, pra começar, devo acrescentar que este foi um ano no qual resolvi por meus objetivos, pondo-os a frente das minhas necessidades. Acho que devo começar pela minha carta de motorista.... UHUL, TIREI, devo créditos disso á minha esposa. Mariana ( Sakuya para os intimos.. mas não tão intimos, ok?). Tirei minha carta e começou aí a primeira mudança deste ano. Foi no entanto chocante por varios desafetos amoroso que ocorreram a minha volta, ao menos posso dizer que terminei o ano mantendo firme meu casamento, com algumas escorregadas emocionais mas que, com muita força de vontade, foi facilmente superada. Eu a amo. Amo mais que qualquer coisa nesta terra e acho que sem ela eu não seria eu e nem isso que está escrito aqui, este blog, ( minha carta) tudo, sem ela nada disso aconteceria. Devo acrescentar que ela é meu porto seguro e minha base para manter aquilo que sou, manter meus pés no chão, longe da loucura...
Ops, declaraçãozinha básicaaa
Mas sou feliz, fato.
Ah sim... Ano corre e reinaugurei este blog, postei contos neles, todos eles são fragmentos de minha memoria, sobre o que se passava em minha cabeça, muitas vezes ligados ao meu dia-a-dia. Mas foi incrivel a sensação de ser lido aqui. Devo agradecer, antes de mais nada, a todos vocês que tiveram paciencia de ler algo tão grande e extenso que é este blog, com textos compridos de lacrimejarem os olhos nesta fonte branca com fundo preto. ( pretendo mudar o Layout...)
Postei historias que concebi com sentimentos, mas o principal destes sentimentos foi a paixão por fazer isto.
No decorrer deste mesmo ano criei um novo DA (Deviantart), este com parceiria com Samuel Lisboa ( ZAEL) lá, pintei varios desenhos e assim me realizei com outra paixão, a qual me acompanha desde o ponto que passei a usar as mãos; Pintar. Desenhar...
Não Obstante, tentei mais algo em minha vida, para criar de vez e consolidar ao menos mais um sonho. Passar num vestibular e iniciar a vida de estudante novamente. Educação artistica 2011 lá vamos nós!!!!

Mas antes de comemorar isso, devo dar outros agradecimentos; Sakuya, por simplesmente me ajudar em TUDO o que faço e a Ludmila... ( esta talvez mereça um poste enorme só pra falar do quanto nós, eu e sakuya, somos apaixonados por ela)Esta ultima me insentivou e encorajou para fazer isso, por mim.
E cá estou... a duas semanas do começo de minhas aulas... Medo? não... mas talvez um receio pequeno, latente no subconsciente. Sabe quando se tem 8 anos e tem que mudar de cidade, e uma nova escola o aguarda? É quase isso que sinto.
Não bastasse isso, voltei a dar aulas de desenho, fico feliz que minha aluna esteja indo tão bem. Estou orgulhoso de você, Hib!, . Que veio de tão longe este ano pra curtir a vida aqui perto de nós!!! Bjão, "Adorotucaradecu"

Também iniciei outros varios planejamentos mais uma vez cancelados, por falta de animo, vontade e inspiração. Tive um periodo de estagnação criativa... Passei meses sem produzir nada e enfim voltei ao "destrave" psicologico pra iniciar outro projeto.


Bom, ele já tem nome, mas não acho justo com meus parceiros eu divulgar isso. Mas posso colocar o seguinte...; "É um empolgante e extenso texto sobre um mundo movido a vapor" Ainda em fase de montagem, ainda em fase de lanejamentos tecnicos e em plena discução há meses ( pelo menos dois ou três meses). Mas acredito que o resultado está além do esperado, e a palavra correta para o que sinto sobre ele é EMPOLGAÇÃO EXTREMA, SEGUIDA DE SOLUÇOS DE CRIATIVIDADE< exagero? nem, nem, nem, é a mais pura verdade.
Este conto SteamPunk tem sido um exercicio ótimo para minha mente, será algo maravilhoso quando estiver pronto, isso eu garanto.
Meus paceiros nisso são Heitor V. Serpa e Enrico Prado.


Aproveitando que falei neles... Bom, devia deixar para o proximo post talvez, mas creio que é justo fazer isso neste aqui.
Heitor me presenteou com algo inusitado em dezembro de 2010, uma indicação e que não deixa de ser um premio:

O Prêmio Dardos 2010




Meu Blog foi, bem, acho que agraciado se encaixa melhor... com o premio Do Dardos 2010... Puxa vida, devia ter encaminhado isso antes, peço a todos milhões de desculpas. Quem me indicou fora o Heitor "Sting" V Serpa. Cara, quero muito agradecer por isso, de verdade!

o que é o Premio Dardos?

"O Prêmio Dardos é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras. Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros; uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web".

Bom, com base nisso, tenho que repassar certamente a outros blogueiros, mas sinceramente não sei quem indicar a este premio, e mesmo porque passou do ano de 2010... Mas devo fazer isso por 2011, correto?


Então.. lá vai:


Heitor V Serpa; O que falar desse blog? Além de proporcionar uma leitura belíssima e prazerosa, com um português afinado, devo acrescentar que sou o fã numero 1 de seu personagem mais terrivel, Sting, o Anjo da Morte. Heitor fora um dos meus primeiros leitores da época que postava contos na comunidade O Livro dos Contos... Tenho muito carinho por esta pessoa que, para meu espanto, é um dos melhores autores que conheço atualmente. Com um futuro brilhante pela frente no mundo literário. Aqui fica minha indicação.
Heitor!!!


Yan ; Este é de outro cara que me tornei fã e que também tenho um grande carinho, pois foi um dos que me insentivaram em minha derradeira missão de publicar um livro inteiro numa comunidade do orkut... kkk Mas este cara é um escraxado adulto. Tão jovem e com um mente tão brilhante quanto... bem, não acho palavras para dizer o quão de personalidade este rapaz é. Talentoso ele posta pensamentos ( sem censura ou frescura) no Expressão88. Com maestria ele disseca os pensamentos alheios e com humor negro nos entrega textos de terriveis e engraçadas verassidades sobre como todos nós somos e sobre como funciona o comportamento do dia-a-dia.

O Cantinho da Kari ;è um lugar bastante bacana, Karina Esteves é uma ótima profissional, da qual alimento um imenso respeito a sua pessoa e a seu belissimo trabalho com seus quandrinhos. Ela faz materias variadas, dá dicas de desenhos e ainda nos entrega um traço lindo e delicado no estilo mangá ( do qual sou fã e colaborador )
vale muito a pena conferir seu trabalho, é excelente... BJO KARI!


bom, bom.. devo Dizer que foi uma honra tamanha receber o Selo do Premio Dardos, Espero que os outros repassem este selo adiante.

"Aos indicados, as instruções envolvem exibir a imagem do selo, linkar o blog pelo qual recebeu a indicação, escolher outros endereços para repassar o prêmio e, claro, avisar os mesmos." <<<<< by Heitor.
Estou seguindo a Regra. ( Atrazado.. mas seguindo..)


Adorei receber esse premio, muito Obrigado Heitor.
Bom, Abrçs a Todos! Que neste ano de 2011 Tudo corra bem para todos nós.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mente in Animo

Olá, mais uma vez depois de algum tempo, ( noss, como sou chato e demoro tanto para postar as coisas, não? podem xingar HEHE) aliás, tempão não é?
Bom, devo fazer algumas considerações antes da postagem, como de fato sempre faço á contra gosto, mas faço. Devo acrescentar o que todos já devem saber, isto que posto aqui é uma ideia crua, sem revisão. Apenas rascunhado e postado.

Acredito que este é um conto estranho, assim como os outros, suponho. Eu fiquei apaixonado por ele.
Imagine você, leitor, tendo de lidar com problemas pscológico, não ter lembranças de certos momentos e, bem, ao lembrar descobre o quão fora assustador. Aí vem o pior, ter a duvida latente de que aquilo pode ou não ser uma ilusão, uma brincadeira da mente. Já dizia Dr. Desty Nova "A Mente é apenas um Brinquedo para o Corpo."
Imagina um lugar de você que processa informações maravilhosas, que faz com que todo o corpo funcione, que faz com que sinta calafrios, que sinta aquele friozinho na barriga. É ele também o culpado pela dor e prazer, pela vontade de rir e chorar.
Em uma analize mais profunda, acredito que sim, o cérebro seja um brinquedo do corpo... ou seria o contrário?

Boa leitura e Abraços a Todos.



Mente in Animo





“A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos.”



“A avaliação psicológica é entendida como o processo científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, que são resultantes da relação do indivíduo com a sociedade, utilizando-se, para tanto, de estratégias psicológicas. Os resultados das avaliações devem identificar os condicionantes sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de serem instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes sociais.”




Mãos trêmulas seguram um pedaço de papel, havia nele pingos de sangue e sua mão, delicada e feminina, segurava o envelope enquanto sentada numa cadeira, cuja visão a sua frente é as montanhas e onde a cadeira está é a uma cabana velha... Um chalé de família...
Na Carta, estava relatado o seguinte texto





“Dr Nicol Thomas, 18 de abril de 2010



Não sei como saudá-la no inicio desta carta. Talvez um ‘olá’, um ‘oi’ ou ‘bom dia’ não sejam o suficiente.
Heloíse, espero que leia esta carta até o fim pois passei dias olhando para o papel esperando e esperando a coragem vir até mim. Hoje será a ultima chance de lhe dizer a verdade.
Em vinte e cinco anos, atuando como um profissional da psiquiatria, alguém que cuida da saúde mental das pessoas, nunca, nunca me deparei com tal acontecimento que tenha sido a razão pela qual alimentei uma depressão tão profunda... Acompanhada de uma ansiedade tão incontrolável quanto um vulcão prestes a entrar em erupção. Eu sei, Heloíse, que nunca contei isso a você, em doze anos. Apenas enviando cartas para dizer que estou bem, pedindo para que acreditasse em mim.
Querida, espero que entenda o que está escrito nesta carta e de fato não conte a mais ninguém, pois sei que estou a pondo em um risco eminente, pois “Eles” podem estar atrás de você. Por isso eu pedi para que deixasse Green Hall e fosse passar um tempo com sua mãe, espero realmente que esteja lendo esta carta na casa da mesma. Após lê-la, a destrua, queime-a e jogue as cinzas ralo abaixo. Sei que não tenho o direito de envolvê-la nisso, e que após tanto tempo se alguém descobrir que ainda tento manter contato com você...
Enfim, vou lhe contar o que aconteceu naquele dia, aquele horrível que hoje me arrependo de ter atendido ao telefone, se é que ele tocou.

Naquela manhã de 18 de abril de 1998, recebi uma ligação do sanatório. A enfermeira Thompson relatou que um garoto de aproximadamente nove anos havia dado entrada no sanatório com surtos psicóticos, alimentados á fantasias delirantes. Mas havia algo na voz dela, algo assustador que ela preferiu não dizer no telefone. Sua voz tremia enquanto se despedia.
Levantei-me e a deixei dormindo, querida. Vesti-me com o paletó, que você havia me presenteado, e peguei minha maleta. Havia neblina naquela alvorada, e a cidade toda estava em silencio enquanto eu a cruzava.
As luzes externas do sanatório estavam ainda acesas e a ambulância estava parada a porta junto à recepção. E assim como o restante de Green Hall, tudo estava em silencio, o que era raro devido ao tipo de pessoas que eram internadas ali.
Contive a vontade de ascender um cigarro e então desci do carro, dei uma ultima olhada no espelho, havia ali os primeiros fios brancos em minha barba e cabelo. Arrependo-me ter posto os pés para fora do carro, pisando naquela poça de água que molhou minha barra.
Ajustei os óculos no rosto enquanto, do banco de trás, tirava meu jaleco branco para entrar na instituição. Passei pelo estacionamento rumando para a recepção ás pressas, e de relance vi uma marca na ambulância, voltei e olhei novamente para o carro na porta. Havia ali quatro ou cinco buracos de tiro, um dos pneus estava furado e o vidro do carona estava quebrado.
Adiantei-me para a enfermeira Thompson, que estava na recepção, estava frio como sempre ali. Ela estava sentada, olhando o computador, não havia mais ninguém.
Demorou até ela me perceber, já junto ao balcão. E quando ela me viu, deu um salto da cadeira, seu olhar estava vidrado e assustado.
Bom dia Dr. Thomas.’ Disse ela num tom trêmulo e fraco.
Perguntei a ela o que havia acontecido e ela me relatou a chegada do garoto, com a camisa de força. Chegaram ao sanatório, acompanhados pela policia, que aguardava um atestado psicológico do menor.
Pedi a ela providenciasse a sala para que eu pudesse examiná-lo, ela disse que o garoto já estava no local.
Pelo vidro da porta, observei a figura, quieta, com a camisa de força suja de sangue. Ele estava de cabeça baixa com os cabelos molhados, havia ali, junto dele, um policial e um enfermeiro, ambos assustados.
Abri lentamente a porta.
Os dois, o guarda e o enfermeiro, levantaram-se cumprimentando-me. O Policial viera até mim antes mesmo que eu pudesse responder a saudação, puxou-me para fora da sala e encostou a porta, apavorado e olhando pelo vidro a criança de cabeça baixa.
Não sei quais sãos suas crenças, Doutor, mas sinceramente duvido muito que esta criança esteja realmente louca. Quando chegamos a casa do garoto, respondendo a ocorrência dos vizinhos, invadimos, pois haviam dito que ouviram gritos e...
O pobre homem estava transtornado, voltei rapidamente à recepção e peguei um copo de água para ele. Ele estava sentado num banco próximo à porta.
Conte-me, eu disse e ele continuou.
Vimos o garoto, com a faca na mão, a mulher na sala com...Deus... a barriga aberta, os órgãos estavam todos para fora e... Dera trabalho pegar o garoto, que estava empapado no sangue da mãe, meu colega recebeu uma facada no braço. Deus, o garoto parecia possuído ou algo do gênero, sua boca estava toda cheia de sangue e carne... Nunca mais quero ver algo assim. Ele dizia coisas como, “eles vão te matar policial”...
O guarda suspirou tomando goladas da água.
‘Depois de algumas ameaças, ele se calou e então chamei a ambulância e o trouxemos direto para cá e... Ele chegou aqui, de alguma maneira se livrou da camisa de força e pegou a arma de um dos guardas, sorte que errou os tiros, pegaram todos na ambulância.’
Neste momento, o enfermeiro que estava ali abriu a porta, chamando-me.
Ele disse que quer falar com o senhor, o garoto’
O guarda ficara olhando pra mim, assustado.
Doutor, se acredita em Deus, reze para ele, não devia ser o senhor a adentrar aí, mas sim um padre...
Entrei, embora estivesse impressionado com aquilo e pedi para que o enfermeiro desse algum calmante para aquele homem.
Dentro, sentei-me de frente para o jovem. Não devia ter mais que sete ou oito anos. Estava pálido, sujo e os cabelos ensebados e molhados. Era um garoto magro, olhos fundos e sofridos.
Olá, eu disse e então o garoto voltou seus olhos para mim.
Olá doutor.’ Disse ele com sarcasmo, olhando direto no fundo dos meus olhos. Os olhos do menino eram de cor castanha, seu rosto estava repleto de sardas. Ele continuou após um momento em silencio. ‘Essa não é a primeira vez que encontro um profissional da mente como o senhor, mas no meu tempo eles ainda não existiam.
O garoto mantinha alguns tiques e um descontrole emocional, pois suas expressões mudavam constantemente enquanto ele me encarava.
Notei que ele carregava um sotaque estranho, como que nascido em outro país.
Qual seu nome?, indaguei.
'Depende, tive vários nomes no decorrer de minha existência...
Naquele instante gelei e nem mesmo lembrei-me de tomar nota do que perguntava ou das respostas, e até mesmo esqueci que perguntas faria, queria abandonar aquele consultório e vomitar no jardim.
Acalme-se, Doutor, imagino que esteja tendo um conflito interno quanto a ligações lógicas explicáveis e o credo que segue. O que faz ou não faz sentido... Também posso estar errado e você apenas está assustado e com náuseas...
Lembro-me com clareza de suas palavras e sua voz infante ainda ribomba em minha cabeça apavorada. Ele estava me testando, me analisando e divertindo-se com aquilo. Por instantes imaginei se o mesmo não era um demônio, ou uma criança superdotada. Minha cabeça já buscava explicações delirantes...
Meu nome é Akila Bennu , nasci em 1255 depois de Cristo, no Cairo, mas no decorrer de tanto tempo tive variados nomes e mesmo antes de ser Akila Bennu, certamente tive outros milhares...
O garoto me sorriu, de forma estranha.
Daria tudo por um cigarro... Não fabricam como antigamente, charutos artesanais eram divinos mas esses cigarros industrializados ainda servem de alguma coisa.’
Ele ficou me olhando por instantes...
Ainda pareço uma criança psicótica, Doutor? Ou um demônio que possui corpo de criança? Se achar a segunda, me leve a um padre...
Ele gargalhou, mas certamente se ele estava possuído não parecia ser um demônio.
Sabe porque o deixei entrar aqui Doutor? Porque eu pedi para que viesse falar comigo?
Engoli em seco enquanto negava com a cabeça.
'Acho que você tem o potencial necessário para saber a verdade, afinal, não vou ficar muito tempo aqui. Aprendi a conhecer as pessoas, tenho alguns poderes que me entregam a índole delas, posso por que... Bem, quero que você seja meu aprendiz, uma hora eles vão me achar e então, já era. Arruma-me um cigarro?
Aprendiz? Perguntei, aquilo era insano, contive meu impulso de levar a mão a testa para saber se estava febril, se não era eu mesmo o delirante. Quando se convive tanto tempo com pessoas com a saúde mental comprometida, acabamos desenvolvendo uma fobia inegável de um dia terminar assim, louco...
Sim, você não me respondeu, tem cigarros? Sei que você fuma, seu jaleco tem cheiro de nicotina. Vamos, me entregue este cigarro antes que eu me solte novamente dessa camisa de força e retive o fumo do seu bolso a força. ’
É proibido fumar aqui dentro, respondi de forma fria, tentando impor um controle sobre meus medos.
Quem é você, Akila Bennu? – indaguei novamente.
Não digo nada se não me arrumar ao menos uma tragada do seu cigarro’
Ele sorriu pra mim, com os olhos frios por baixo daquele cabelo molhado, a face suja de sangue coagulado...
Peguei o cigarro, ascendi e dei para o jovem, ainda que sentindo aquilo errado... Ele tragou metade em uma só puxada, soltou a fumaça pelo nariz, como alguém experiente naquilo.
Que maravilha, não sinto essa sensação de nicotina no cérebro fazem... uns doze ou treze anos, já estava enlouquecendo...
Ele me dera um sorriso de escárnio, peguei o cigarro e apaguei, após aquele dia nunca mais fumei...
Sou Akila Bennu, um escravo de Al-Nasir Muhammad, durante seu tempo no Egito.’
Ao mesmo tempo em que achei que pudesse ser uma mentira, eu fiquei maravilhado com aquela afirmação.
Mesmo que isso seja verdade, continuei... O que faz aqui?
Acredita em imortalidade, senhor Thomas?’ Aquilo parecia um absurdo, mas ao mesmo tempo não sabia em que acreditar, ele pediu o cigarro novamente, eu lhe dei ele tragou profundamente e soltou o cigarro de maneira solene, se é que isso poderia acontecer assim.
Vou lhe contar, de maneira mais resumida, claro...
E então, Akila começou...

Como disse, nasci no Cairo. Minha mãe era escrava e eu, consequentemente, também era. Não a conheci, pois cresci como os escravos que serviam o Sultão Mameluco Al-Nasir Muhammad, carregávamos roupas, auxiliávamos em seu banho, carregávamos comida... Entre muitas outras tarefas.
Foi assim toda minha infância, servindo a Al-Nasir... Mesmo antes de tornar-se Sultão, ainda servíamos a ele e a sua família. Cresci como um escravo e então, entre tantos escravos, um dia ele me notou, fui treinado para ser um assassino, para proteger sua figura de qualquer ataque. Aprendi todas as artes com a espada. Lutei em guerras em nome de Al-Nasir e então, no fim do segundo reinado, ele me enviou junto a exploradores, para África, a fim de averiguar uma lenda sobre a vida Eterna. Olhando pra mim agora, você já deve saber o resultado dessa busca, não é mesmo?
Atravessamos desertos causticantes, enfrentamos feras das quais nunca havia sonhado existir, assassinamos muitos no caminho até chegarmos aos confins do mundo...
Posso garantir, meu caro Doutor, vi Yggdrasil com meus próprios olhos, era bem guardada por soldados de pele ainda mais escura que a nossa, que diziam ser ali onde começou a vida humana.


O garoto deu uma pausa, pediu por outro cigarro e então continuou, com uma face séria que qualquer um acreditaria se tratar de um velho sábio e louco.
Diziam eles, no entanto, que quem provasse de seu fruto no centro daquela floresta poderia enfim ganhar a vida eterna, mas não cabia aos mortais provar de tal fruto e que ninguém dali jamais o fez, pois a arvore era sagrada e seu fruto também.”
“Doutor, imagina o prédio mais alto do mundo, agora acrescente pelo menos mais um, igual, acima dele e você terá o caule de Yggdrasil, sua copa cobria a floresta como uma nuvem gigantesca, que fazia dali uma floresta escura e fria”.
“A tribo dissera que éramos o segundo grupo a vir visitar a arvore mãe e que os primeiros a respeitaram como ela sendo Deus e seu fruto sendo a forma sagrada do corpo.”
“Apesar de vislumbrarmos aquela arvore gigante, perdida entre montanhas ferozes, não podíamos nos aproximar dela. Mas devo dizer, Doutor, aquela arvore era imponente, linda. Se no catolicismo existiu algum paraíso, certamente seria ao redor daquela arvore. Aquela tribo nos disse que suas raízes chegavam até mesmo no mundo dos mortos e por esta razão os corpos deles eram levados aos pés da arvore e enterrados junto as raízes. Eu estava maravilhado. Entende o que é nascer num deserto, onde havia poucas arvores? Onde, além das necessidades, aridez e sofrimento, ainda carregávamos a dor de sermos escravos... Ali eu era livre, não um soldado escravo do sultão Al-Nasir, mas um homem aos pés de Deus.”

As palavras são tão nítidas em minha cabeça, querida... Que... Desculpe, acho que molhei esta folha.
Levantei-me e busquei água, não encontrei ninguém nos corredores e voltei rapidamente para a salinha.
Akila ainda estava lá. Dei água para o mesmo beber e me acomodei na cadeira, assim, ele recomeçou.
Deus, eu podia vê-lo, não era como imaginávamos mas certamente ali, naquela arvore que emanava vida, eu o vi. Se projetando para o céu...”.
“O líder daquela companhia certamente voltaria para casa nos próximos dias, levando-nos consigo e mais alguns meses de viagem. Certamente assassinaríamos aquelas pessoas, daquela tribo, e levaríamos o fruto para o sultão. Todos tão fieis a aquele crápula. Aquele maldito!
“Mas eu não, e quando anoiteceu, desci as escondidas à floresta em direção à Arvore Mãe. E os galhos de Yggdrasil já cobriam meu céu, deixando o caminho até sua base ainda mais sombrio e ali, naquele silencio taciturno, fui obrigado a profanar a terra com sangue daqueles nativos para seguir em frente. Não sabia como escalaria aquela arvore. Mas não mediria esforços para alcançar minha liberdade. Assim o fiz, cheguei a base escura e fria de Yggdrasil, mal via minhas mãos a minha frente. Certamente era uma viagem sem volta... Mas, acredite ou não...”


Ele dera uma pausa e sorriu...
“Já vira uma estrela cadente, não é Dr. Thomas?”
“Enquanto procurava um modo de escalar, algo caiu iluminando a floresta.”
“Era o fruto, Doutor... Ele pulsava, parecia um pêssego, tão grande quanto minha cabeça. Eu o peguei, em minhas mãos, era tão pesado, o peso da Vida.”
“Disseram-me, mais tarde, que a cada fruto que caía da arvore, era uma alma que morria, e que depois se juntava com a terra, como aquele fruto para enfim ir para o mundo dos mortos. Mas eu interceptei um desses frutos, essa alma prestes a deixar de existir. Abri o fruto e ele sangrou em minhas mãos, quente e rubro como a vitae humana. Hesitei por instantes e então, comi do fruto, da carne Fruto de Deus. Entende o que é isso? Sentir aquele sangue quente adentrar seu corpo, o encher de vida?”
“Comi todo o Fruto, engoli até mesmo a casca que parecia pele e guardei suas sementes, quatro delas.”
“Limpei-me do sangue e abandonei as sombras divinas, na manhã seguinte partimos com a informação da existência de tal arvore, sem que ninguém soubesse o que eu tinha feito.”
“Caminhamos por meses... e eu, adoeci. Minha pele sangrava juntos com meus olhos, era algum tipo de punição? Certamente... Fui carregado de volta, demoramos o dobro para voltar e quando chegamos, no Cairo. Al-Nasir já não mais era Sultão, mas os soldados eram fieis a ele. Fui colocado, enfermo, próximo a ele. E o maldito aproximou-se de mim e sorriu.”
“Perguntou a si mesmo em voz baixa, se aquele era o resultado então do fruto... Malditos, eles sabiam, sabiam que eu consumiria o fruto... Al-Nasir então se alimentou de meu sangue e sozinho abrira meu corpo, ainda vivo. Lembro-me da dor lacerante. O terror de vê-lo, sem poder defender-me, divertir-se com meus órgãos. Ele dissera a mim, enquanto me torturava.: O outro grupo que visitara Yggdrasil voltaram todos enfermos daquela maneira, mas os outros que alimentavam-se de seu sangue tornaram-se imortais. Este era o método, tomar o sangue profanado... comer a carne profanada...”
“Então, morri naquela mesma tarde, horas depois de ter chegado. Mas eu acordei, num corpo de uma criança, de cinco anos. Eu renasci. Renasci e me lembrava da vida anterior. Incrível não é mesmo? Passei a viver como outra pessoa, mas havia algo de errado comigo, eu tinha de me alimentar de carne... Não mais podia me alimentar de comida comum. Se não comece carne humana, nada me satisfazia, no inicio fora terrível. Sentia-me um monstro.”
“Mas a cada vez que renascia e vivia uma vida diferente, sendo homem ou mulher, compreendi minha maldição eterna. E já haviam se passado muitos e muitos anos, séculos que deixei de ser Akila Bennu, adotando vários outros nomes desde então, aprendendo varias línguas e culturas. Até eles me acharem... Al-Nasir, ao alimentar-se de minha carne, fora ainda mais amaldiçoado. Proibidos de caminhar de dia para todo o sempre, mantendo um corpo imortal, mas uma alma fraca e doentia. E foi aí que descobri, eles não acharam as sementes que carreguei comigo, eles a querem para tornarem-se seres completos. Entende?”
“Eles vivem até hoje, a minha procura... Eu sei onde estão as sementes, mas eles não sabem... No entanto, eles aprenderam velhos encantamentos e mágicas profanas para aprisionar almas, por isso não posso ser pego. Nunca. Até hoje não conheci ninguém que fosse como eu.”
“Sabe, aprendi também algumas mágicas, feitiços entre outros, por exemplo, eu sei quando e onde nascerei. Não posso escolher o lugar ou tempo, mas sei onde será. Doutor, após toda nossa conversa, ainda tem duvidas sobre mim? Eu o quero para ser como eu. Entende? Posso lhe dar as sementes e... Eu vejo que seu coração é puro. Al-Nasir multiplicou-se com o tempo, agora, há milhares deles espalhados pelo mundo, o que vocês chamam de Vampiros. Não posso lutar sozinho. Preciso de alguém para que eu possa ensinar meus segredos. Alguém que possa me ajudar a acabar com estes monstros... ”


O garoto ficou um instante fitando seriamente meus olhos, então, eu dei de ombros, saindo da sala e ao olhar pelo vidro da porta, seus olhos profundos e estranhos encararam os meus.
Aquilo era absurdo.
Não podia fazer sentido algum, mas o garoto foi convincente, mesmo que aquilo fosse um simples delírio infante, um surto de loucura, um estouro magnífico da criatividade, ele fora muito convincente.
As palavras dele ribombaram na minha cabeça pelo restante do corredor. Fui até a recepção, lá bebi café.
A enfermeira Thompson não estava ali, mas o café estava quente. Bebi dele enquanto refletia o que poria no prontuário. Seria um relatório e tanto. Então, fui até a cozinha, na tentativa de encontrar alguém naquele silencio mórbido. A nevoa lá fora estava dissipando-se.
Atrás de mim, senti um vulto medonho, gélido. Havia um vento surdo e... Desculpa querida, não sei como lhe contar.
Havia alguém ali, alguém mais. Alguém que calava os loucos e os fazia recolherem-se em si mesmo buscando socorro, eu sabia, eu sentia. Havia algo errado. No meu âmago, eu sabia, eu sempre soube.
Então, deixei a razão de lado na morada dos loucos. Deixei minha razão naquele corredor e voltei em direção a Akila. Por instantes eu deixei de acreditar na loucura e passei a acreditar que aquilo tudo era verdade. Não havia nenhum distúrbio comportamental naquela criança.
Enquanto corria, meu coração batia como se fosse a ultima vez que o faria. Freneticamente derramando com balde a adrenalina e minhas veias, meus olhos lacrimejavam e minha pele suava...

Quando entrei na salinha, o garoto estava morto.

E com a nevoa minha loucura se foi, assim como o silencio sombrio que encobria o sanatório Santa Cecília.
Como um coro os loucos gritaram, berravam seu medo reprimido, sua ansiedade contida na profusão insana do subconsciente. Minha frieza fora mantida intacta, minha razão se sobrepôs novamente e me forcei acreditar que aquele garoto, com uma gilete transpassada no pescoço, banhado em seu próprio sangue, era apenas mais um cidadão louco de Green Hall, mais um psicótico, vitima de sua própria mente delirante.
Respirando fundo, levei minha mão até o telefone. Notei a janela aberta, notei pegadas de sangue no chão, mas eu me negava a ver. Me negava a querer levar aquilo adiante, senão, senão eu terminaria como ele. Suicida, diante de um devaneio insano.
Por isso, eu repito, querida. EU não matei aquela criança. Mesmo que minhas mãos estivessem sujas com o sangue dele, aquilo não fazia sentido... As pegadas no chão eram minhas, saindo corredor afora e voltando... Deus. Minha cabeça dó de lembrar.
A policia chegou e eu não tive coragem de me manifestar...
Quando parei para pensar, repassar tudo que havia ocorrido, lembrei-me de algo assustador. Ela não existia. A enfermeira Thompson nunca existiu. Não havia ambulância alguma na porta da instituição. Não havia guardas nem enfermeiro. Será eu que adentrei de madrugada naquele lugar e matei aquele criança, depois fui fazer um café e voltei friamente para ver o corpo? Me dá náuseas lembrar. Imaginar se fora eu mesmo quem fez aquilo...

Mas uma coisa era verdade. A mãe do garoto fora encontrada morta na casa, despedaçada com uma gilete.

EU ter imaginado aquela cena... Não era uma lembrança, não é? Digo, eu apenas imaginei aquela mulher sendo morta. Mas eu não a conheci... Nunca a tinha visto.
E então, me perguntei varias e varias vezes se eu havia enlouquecido
E outras perguntas seguiram-me. Matei aquela mulher e seqüestrei uma criança. Pra que? Seria eu mesmo um psicopata? Tantas perguntas e lembranças, que as vezes creio ser a verdade e outras vezes tenho certeza se tratar de devaneios. Minha mente brincando comigo. Mas o meu terror realmente começou depois disso, Heloíse.
Encontrei, em meu jaleco minha agenda toda suja de sangue.
Demorei ao menos dez dias para abri-la, enquanto fugia da policia... De você, de todos afim de provar a mim mesmo que não estava louco.
Aí encontrei.
Riscado com sangue uma data e hora.
Passei o restante dos anos, após ter queimado aquela agenda com aqueles números repetindo em minha mente ansiosa.
Desde então, “Eles” me perseguem, eu os vejo em toda esquina. Eles rondam meu esconderijo durante a noite... Não Agüento mais isso. “Eles” são poderosos, influentes. Sua simples presença gela pessoas e eles me querem, querem a verdade. Seria eles delírios criados por mim? Um estado em minha psicose fazendo que me sinta perseguido? Creio que não.
Faz doze anos que minha vida acabou. Que não faço nada mais que fugir, que me esconder.

Gostaria de ter minha vida de volta, de voltar para você.

É Hoje, a data que me persegue. Exatos doze anos após a morte de Akila, por isso pedi para que fosse embora, para que abrisse esta carta num lugar seguro. Eles podem tentar te usar para chegar à mim.
Tenho que tirar isso da minha cabeça, o quanto antes. Tenho que ver com meus próprios olhos. Se esta criança nascer, se ela for mesmo Akila, poderei tirar essa amargura de culpa que me tortura tanto... Se realmente Vampiros existem, se Realmente não estamos sós, se estas trevas forem reais, então... Se eu matei aquele garoto... DEUS... Certamente cedo ou tarde encontrarão meu corpo suicida em alguma vala.
A Única razão pela qual sobrevivi até hoje, foi a ansiedade, a idéia mínima de que Akila pudesse ter dito a verdade, que tudo aquilo que aconteceu fora uma ilusão. Se ele realmente existir, se ele é um ser de poder como diz, então certamente poderei reaver minha vida. Quero estar com você, Heloíse, mais que qualquer coisa. Sei que sempre escrevi para você, para dizer como estou... Adoraria nestes doze anos poder ter recebido cartas respostas... EU A AMO, tanto, tanto...
Vou passar isto a limpo. Terminar esta guerra interna entre verdade e mentira. Entre real e Ilusão. Entre a Razão e a Loucura...
Eu a amo, Heloíse, nunca se esqueça... ”


Green Hall
Nicol Thomas.





O sangue pingava agora dos punhos da esposa de Thomas, encharcando a carta e tingindo a madeira de pinho no assoalho da entrada com uma cor forte e rubra. Passadas leves pelo piso, de uma figura sombria, alta de longos cabelos pretos, observava com olhos verdes a velha casa, cada cômodo. O som leve do salto contra a madeira, fora ficando baixo e leve. A roupa preta e o manto que se arrastava ruidosamente também fora sumindo. Houvera um sorrisinho feminino, baixo, impiedoso, luxurioso.
A carta na mão de Heloíse se desfez em pó, que o vento levou para a terra.
A mulher, próxima a cadeira, abaixou-se, colocando ali,próxima a mão da esposa de Thomas uma gilete enferrujada. Desceu a escadinha e se misturou com as sombras do crepúsculo.
Estava frio.
Frio como sempre haveria de ser. Frio e escuro como o lado de fora do Éden. Era assim que devia ser.



Mente in Animo
Fim?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dark Dreams Chronicles - Reinos de Meia Noite

Olá, bom, estou aqui para divulgar a introdução de Dark Dream Chronicles
Espero que gostem... Este texto é postado da mesma maneira crua que os outros, no qual a ideia é colocada da maneira que me veio a cabeça.
Este conto é uma Aventura de RPg adaptada para um romance, é um tanto longo, triste, divertido e com bastante ação e terror.


Enfim...
Vamos ao que interessa, Bem Vindos a Kademo, no alto da Serra Vermelha. Bem vindos ao Sonho Escuro e aos Reinos da Meia Noite.












Introdução.




Kademo
Dois carros subiam freneticamente a serra que ligava Anasty á cidade de Kademo, sendo Kademo a pequena cidade no topo da montanha, ao menos a primeira das cinco cidades que localizavam-se na Serra Vermelha. A estrada com curvas sinuosas e a falta de manutenção no asfalto deram o nome de Serra Vermelha ao local devido aos intermináveis acidentes que ocorriam ali.

O carro preto e de vidros escuros fazia curvas perigosas em alta velocidade e seu controlador, um homem afoito de cabelos negros, olhava atentamente para os retrovisores fitando desesperado a luz do carro de trás que o perseguia.
Ambos não diminuíram a velocidade ao passar pelas placas de aviso de obras. Logo cones eram avistados com pequenas lanternas acesas e os carros passaram jogando lama nas placas e fazendo os cones balançarem por conta do vácuo de cento e quarenta quilômetros por hora.
As árvores e as sombras estranhas regadas ao vento gélido e úmido fitaram os carros passarem pela ponte em manutenção e avançarem sem nem ao menos usarem o freio na curva a seguir. E então, o carro da frente adentrou a floresta.
Impossibilitado de manter o controle, o homem, aflito, avançou com o carro floresta adentro, evitando as arvores e então alcançou o asfalto e a luz atrás de si havia desaparecido e sua ultima olhada para o retrovisor foi um erro do qual se lamentou no dia seguinte...



A Floresta de Kademo era iluminada pela luz da lua cheia. Os fachos luminosos, pratas e azulados adentravam por entre frestas das folhas e galhos, iluminando parcialmente as folhas secas e ervas daninhas que brotavam no solo fértil.
A floresta margeava praticamente toda a rodovia serrana que vinha de Anasty. Também, em certa parte mantinha alguns comércios, como um pequeno restaurante, já bem próximo de Kademo entre outros lugares.
Mas a Floresta de Kademo mantinha segredos dos quais as pessoas das grandes cidades jamais sonhariam ser verdade. E era nisso que Sieg pensava enquanto vestia sua roupa olhando pela janela de sua cabana em meio a floresta, beirando a rodovia. Do Lado de fora ele via suas esculturas de madeira banhadas pela lua. Calçou seu coturno surrado logo depois de por a calça jeans rasgada, em seguia vestiu um sobretudo preto e já sem manga e sem camisa por baixo. Tirou o cabelo ruivo do rosto e fora até a geladeira.
Ao abri-la ele ouviu o som de carro vindo da floresta. Cauteloso, ele fechou a geladeira, deixando a casa no escuro e correu até a janela dos fundos, puxando a grossa cortina vinho de lado.
E para sua surpresa, do meio das arvores vinha a luz de faróis. Sieg correu para a porta, seja lá quem fosse poderia estragar as arvores ou causar um acidente terrível. Ou podia ser...
Ele abriu a porta e correu para a floresta, saltando a cerca de madeira e se prostrando atrás de uma arvore, onde poderia ver melhor quem era o individuo.
Então, houvera algo que chamou sua atenção. Sieg tinha certeza do que tinha visto. Havia claramente a figura de alguém na floresta, alguém mais a passos livres em meio ás folhas secas e caminhando diretamente em direção ao carro, embora sua boa visão o impedisse de ver claramente quem era a pessoa entre as arvores. E então, enquanto sua atenção estava voltada para a estranha figura, o carro colidiu com uma arvore e tudo silenciou. Ele vira a figura indo diretamente em direção ao carro e um rápido brilho do que poderia ser uma faca. Sieg gritou e correu em direção ao carro e num piscar de olhos entre uma arvore e outra, a figura desapareceu num silencio mórbido.
O rapaz alto e ruivo alcançou o carro, olhando atentamente para todos os lados. Havia ali um homem com a cabeça ferida, desacordado.
Sieg verificou seu pulso, estava fraco. Olhou o porta-luvas rapidamente em busca de algo útil, havia ali uma pistola e uma pasta. Sieg guardou a arma nos bolsos internos do sobretudo e tirou o rapaz do carro, deitando-o no chão. Procurou por documentos e então vira o nome do cidadão. Alford Grey, trinta anos.
Rapidamente Sieg procurou por um celular no carro e ao encontrá-lo ligou para a emergência. Ficou ali com o rapaz até a ambulância chegar. O jovem escultor poderia ter negado, mas após refletir um pouco, e para evitar o estresse de responder a perguntas para a policia, resolveu acompanhar o homem até o hospital, que ficava na entrada da cidade.
Friamente ele analisou o que tinha na carteira do homem. Havia ali documentos, cartões de credito e nada de mais, e sozinho ali na ambulância, notou á luz um leve volume do paletó escuro do homem. E ao verificar, havia ali um envelope negro e uma estranha vibração emanava dele...




O som da floresta se incendeia e ecoa, fazendo pássaros voarem e animais tremerem. Gritos silenciosamente hediondos se propagam por todos os lugares e apenas pessoas especiais são capazes de ouvir.
E Lavie Cross escuta, saltando da cama e olhando friamente para a janela com grossas cortinas lilás, era noite, finalmente era noite.
A menina que aparentava ter sete anos vestiu-se com uma blusinha de cor quente amarelada, vestiu sua saia rodada verde, e calçou sua bota preta logo após por sua meia colorida que cobria até o joelho. Pegou sua bolsa, onde carregava uma pequena tesoura de corte de papel, uma caixa lápis de cor o celular novo dado pelo pai entre outras coisas que ela adorava, verificou se estava tudo dentro.
Correu e escancarou a porta de seu quarto e como um vulto passou pelas empregadas, saltando os degraus da escadaria e gritando o nome da governanta;
- Anna! – ela passou pela cozinha e voltou para o hall, procurando pela mulher e gritando seu nome.
Uma das empregadas adiantou-se para a menina.
- Anna está na garagem, o motorista irá leva-la para ver o sobrinho no hospital.
- Não vale! – disse a menina indignada. – Papai não está em casa e agora a Anna também sai...
Lavie correu em direção á porta da frente e atravessou parte do jardim saltando as plantas até chegar a garagem.
Anna estava entrando na Mercedes preta e o motorista já se encaminhava para o volante.
- Me espera – gritou a menina e Ana baixou o vidro do carro, voltando-se para a infante.
- Nem pensar srta. Lavie, seu pai ficaria muito furioso se soubesse que eu a tirei de casa sem que ele soubesse. Além do mais vou até o hospital, não é um lugar agradável.
Para Lavie, Anna era o que ela tinha mais próxima de mãe, ás vezes se via fantasiando como seria se Kaien, seu pai, ficasse com a Anna. Mas Kaien, apesar de dar tudo para menina, era um pai rígido e serio e suas ordens deviam ser acatadas a qualquer custo. Lavie não deve sair sem o consentimento dele, jamais.
Mas mesmo a Anna ficava com pena da menina e quase sempre cedia aos seus pedidos, e quase sempre saia escondido com ela.
Bastou a jovem choramingar um pouco mais e Anna já estava destrancando a porta de trás e ajudando a menina entrar.
- Vai ter de se comportar, ouviu bem?
A menina fez um gesto afirmativo com a cabeça e então pegou de sua bolsa o celular que seu pai dera.
- O que vai fazer? – perguntou a governanta.
- Ligar para o Papai...





É fato que Kademo é uma cidade velha, com quase duzentos anos e desde então prosperou muito, de um povoado simples de colonos surgira uma cidade com alguns prédios. Kademo começou a se desenvolver do centro para as beiras. Centro que é agora uma praça com um prédio histórico, aberta de dia para os visitantes.
A zona urbana da cidade mantém alguns becos decrépitos, lugares sombrios e esgotos nojentos e grandes. Apesar de manter-se no topo da montanha, dividindo o espaço com mais quatro cidade, Kademo mantém atualmente cerca de oitenta mil habitantes. É uma cidade prosperando independentemente de qualquer estado.
Mantendo variados estabelecimentos comerciais que abastasse toda a cidade e ás vezes cidades vizinhas no topo da Serra Vermelha.
E entre as pessoas importantes e conhecidas de Kademo está Eleonor uma mecânica excêntrica. Fascinada pelo steampunk e disposta a criar qualquer coisa que sua imaginação mecânica puder conceber. Prova disso é seu feito, um dos quais mais se orgulha, um carro movido a vapor, feito de sucata. Às vezes é possível vê-la, sempre a noite, com o carro, barulhento e fedorento, exalando fumaça pelas ruas.
Muitas vezes ela faz consertos nos carros da cidade, mantendo um trabalho noturno de emergência e ao mesmo tempo discreto.
Agora era noite na cidade velha e as luzes de postes, prédios e casas estavam acesas para criar um falso dia, o ambiente maravilhoso para Eleonore começar seu turno. Turno do qual ela começa ajustando o vestido em si mesma, pondo uma meia arrastão e sapatinhos de leve saltos.
Penteou os cabelos cacheados e ruivos, fizera uma leve maquiagem e então, antes de sair, pôs na cabeça uma cartola.
E só havia um lugar no qual poderia conseguir seu café da manhã antes de começar a lidar com os problemas noturnos. Tinha de se alimentar antes de se infectar com a dor lancinante da falta e da culpa e da lua cheia. Para apaziguar sua dor de cada noite em que se olha no espelho e lembra dos uivos em Londres.
E só havia um lugar onde ela poderia pegar seu alimento sem causar problemas, a vitae que a alimenta a cada noite, que deixa as veias dos mortais; O Hospital.

A noite em Kademo sem duvidas pertence aos predadores.



Dark Dream Chronicles
Os Reinos de Meia-Noite
Introdução - Fim

Eis que evolto....

Bom Pessoal, desculpe a Demora... HEHEHE

Mas enfim, venho repassar as boas e para dizer por onde andei.
Muito aconteceu desde a ultima postagem ( fas tempo) mas vou tentar aos poucos manter uma certa... frequencia por aqui.
Enfim, para repassar as boas...
Tenho ficado focado no novo Deviant art que fiz.
http://www.macroproject.deviantart.com/
Aí tem artes pintadas para a HQ de Karina, desenhos de Samuel Lisboa, ilustrações... Tem sido gostoso voltar a pintar novamente.
Também me ocupei um pouco estressado com o Vestibular, enfim.... PASSEI!
Educação Artistica, começo ano que vem, mas tenho que ir pagando agora...T,T'
Também, para completar, voltarei a dar aulas de desenho, e entre tudo isso to tentando arrumar tempo para escrever. Estou empacado em variados contos. Seja um que fala sobre imortalidade ou um que fale fadas... enfim.. VARIOS de terror com apartamentos de arvores sombrias.
Enfim.
Mas por hora tenho algo que gostaria de postar.
Chama-se Dark Dreams Chronicles - Reinos da Meia Noite.
segue uma linha parecida com Zênite, de terror fantastico. Quem sabe ainda hoje eu não começe a postar.
Mas eu tenho um carinho muito grande por este conto, pois ele nada mais é que uma Aventura de RPG que comecei a romancear... quem sabe não dá certo?
Bom.. agora tenho que arrumar fundos do inferno para poder pagar a faculdade, por a cabeça no lugar para estudar, escrever e pintar ( valendo money kkk)
Até a proxima postagem.
^^
Abrçs a todos vocês.

sábado, 3 de julho de 2010

Luxúria - Insanae Afecto

Antes de iniciar o Conto, creio que deva fazer algumas notas.
Mas não estou com vontade...
Enfim, criei essa personagem há uns bons anos. Mas nunca escrevi nada sobre ela. E imaginei que, seria interessante contos sobre ela passados em variadas épocas.
Mas escolhi uma época legal para um primeiro conto.
Antes seria de uma outra serie, Zênite, cuja qual depois falarei aqui. Já aviso, está sem revisão, mas tenho uma certa pressa e uma certa preguiça para revisar.
E então, vou postar ele de forma crua. Ainda que talvez eu o mude...
Mas espero que a leitura seja agradavel.
Ainda que com uma narrativa triste e melancólica.

Enfim... Boa Leitura.








Luxúria - Insanae Afecto




O som do papel roçando o piso de madeira e o seguido som do sininho do carteiro, fez com que o homem se adiantasse a porta da sala e ver ali, o envelope endereçado a seu nome a sua espera, era um envelope branco. Ao pegar, nota o nome familiar do remetente, uma mulher cuja qual não tem noticias a pouco mais de seis anos. Ele senta na poltrona, repousando seus pés sob um tapete persa, ascende charuto e começa a rasgar a parte lateral do envelope, devidamente selado.
Suas mãos suavam ao segurar o papel, uma doce nostalgia junto do perfume da carta o trouxe belas lembranças, era um papel, redigido a mão, mas não era a letra que conhecia...
Levou a mão aos cabelos grisalhos, pôs a carta de lado no braço da poltrona e foi até a vitrola, escolheu um som relaxante para deixar tocar, era um momento especial para ele, Karine o havia enviado uma carta... Doce Karine...
Sua esposa ia demorar a chegar, havia ido a feira junto a suas amigas dondocas, havia tempo para ler aquelas quatro paginas de texto perfumado.
Olhou para a carta de longe, duas folhas ao lado de um envelope rasgado. Puxou a fumaça do charuto e junto dela deixou a musica entrar pelos seus ouvidos.
Doce Karine...
A carta estava agora em suas mãos suadas, e então, ele começa a ler.

Greenhall, 23 de Maio de 1922

“No inicio, não sabia se ia escrever esta carta, tampouco sabia se talvez a leria de bom grado depois de tudo o que tivemos e de como acabou.
Mas devo admitir, ainda o amo e por isso, para ser honesta comigo mesma, achei que você devia saber, ainda que sejam fatos terríveis, incompreensíveis e aterradores. Neste momento, no momento em que esta carta está sendo redigida, fazem exatos cinco anos e quatro meses que o fatos a seguir ocorreram. Uma enfermeira está redigindo para mim.
Peço para que leia até o fim, por mais impressionante que isso tudo possa parecer, embora ninguém acredite em mim, nem mesmo a pessoa que está escrevendo, mas mesmo ela e o meu medico acreditam que talvez seja melhor para meu tratamento que eu lhe relate sobre isso.
Há seis anos desde a ultima vez que o vi, naquela festa para as pessoas nobres. Você estava tão bonito e charmoso naquele terno branco com uma gravata borboleta. Lembro-me de sentir impaciência de vê-lo conversando com aqueles homens. Aguardava ansiosa que viesse até mim. Havia me preparada toda, havia feito maquiagem, comprado um belo vestido carmesim, lembra?
E então, quando a banda começou um solo lindo de Sax, você voltou seus olhos para mim... Pareciam duas safiras num mundo cinza. Você sorriu e acenou, num gesto cortês.
Permaneci ali, apenas a observar meu amado... Até que, num momento de distração, você estava diante de mim. Senti suas mãos quentes tocarem meus ombros. Pôs seu terno sobre minha pele e então me serviu uma taça de vinho.
Bebemos na varanda e logo depois, estávamos em seu carro, nos dirigindo para o hotel no qual estava hospedado. Lembro-me de como beijava meu pescoço e tocava minha pele com um desejo ardente, eu sentia o mesmo, meu amado. Eu era jovem, tola e apaixonada. Adentramos seu quarto e então nos amamos como nunca o havia feito. Foram os melhores dias de minha vida, aquelas semanas em que esteve em Greenhall, mas também foram minhas ultimas semanas felizes e naquela noite, meu amor, você me matou. Senti as agulhadas de cada palavra dita a mim sobre a verdade que eu me negava a aceitar. Se soubesse que era casado, desde o inicio, eu jamais teria me aventurado nessa paixão, jamais teria dado brechas... ou talvez teriam ocorrido tudo da mesma forma. Como te amei, como te amo.
Então, você se foi.
Se foi, deixando para mim todo o sofrimento, amargura e decepção que eu jamais soube que existia. Tais sentimentos são tão cruéis, tão terríveis e como pode destruir a vida de uma pessoa. “Mas o pior veio nas semanas seguintes, quando descobri que estava grávida de um filho seu.”


Nesse momento os lábios e mãos do homem estavam trêmulos. Ele pôs o charuto no cinzeiro e foi até a janela, olhou por entre as cortinas e não havia sinais de sua esposa. Desligou então a vitrola, e mais uma vez fitou de longe os papeis, desta vez com amargura, tensão e tristeza. Não sabia mais se queria ler aquilo... Ele se sentou em outra poltrona, passou a mão no rosto agora suado e respirou por alguns segundos... Karine... Karine têm um filho seu? Um filho cujo qual sua esposa, em uma vida de casados, não pôde lhe dar. E então, em uma aventura numa viagem a negócios... Não era possível de acreditar.
Karine possivelmente era uma dessas que tentavam dar o golpe da barriga? O medico disse que não poderia ter filhos, isso não era possível.
Ele respirou, olhou para as mãos.
Seria insanidade da parte de Karine vir lhe pedir algum auxilio agora. Nunca cairia numa historia como esta. Mas se esta mulher aparecesse agora, isso poderia significar o fim de um casamento. Não. Não.
Tinha de terminar de ler.
Sentou novamente junto da carta e com a mão na barba e os olhos azuis tensos e quase lacrimejantes, continuaram a ler a carta perfumada.

“Não contei a ninguém sobre a gravidez e eu podia sentir sua vida dentro de mim. Um mês se passou e então dois. E eu podia sentir o prazer de ser mãe, de carregar ainda como um presente de um amor perdido para sempre. Porem, a barriga começara a crescer e as pessoas começaram a perguntar, e burburinhos começaram pela vizinhança. EU não tinha mais escolha, senão admitir sobre a vida dentro de mim. Meu pai de batera quando soube e minha mãe, por mais chorosa que ficara ao observar, não fizera nada por mim, nada. Soube ali que jamais queria ser como ela. Será que ninguém entende?Quase que de imediato eu peguei minhas roupas, pusera numa mala que peguei de minha mãe, e ainda naquela noite eu parti. Ah, como doía, meu amor. E pelas ruas, nas noites chuvosas e frias eu tinha esperanças de encontrar-te em alguma travessa. E chorei noites afinco pensando em você. Por sorte eu pude encontrar uma boa senhoras que me dera abrigo, me dera de comer e ensinou-me uma ocupação. Ela tricotava para lojas de roupas próximas. Ensinou-me a bordar e mais um tanto de outras coisas que nem minha mãe sabia. Durante meses não sai de casa. Pareceram anos de angustia, pois ninguém de minha família procurou-me. O bebê estava crescendo, saudável e remexia-se dentro de mim. E então, certa noite, eu a vi. Uma mulher alta de longos cabelos lisos, olhos verdes como esmeraldas. Era linda, elegante, jovem e atraente. Seu perfume incendiou a casa da Sra. Saint.
A mulher, ao que pude notar de primeira estância estava atrás de tecidos. Mas logo depois de conversar comigo, notei que seu interesse era por mim... Ah meu amado, eu devia ter notado, devia.
Ela ofereceu-me uma proposta irrecusável. Disse que, se eu quisesse vender a criança de meu ventre a ela, ela pagaria muito bem. Era uma quantia enorme de dinheiro, eu poderia ser rica... mas eu neguei. Talvez pela esperança de te encontrar um dia, com a idéia insana de que poderíamos ser felizes. Neguei, a pus para fora com ódio e a Sra. Saint me acalentou. Oh querido, não queria ter de lhe contar sobre o que vem a seguir, o quanto dói lembrar disso. E é por este motivo que estou aqui. Neste sanatório em Greenhall.

Passaram-se sete dias desde que encontrei aquela mulher sedutora, e então, ela viera novamente. Era noite... Lembro-me com clareza destes fatos.
Estava deitada em minha cama, e ainda acordada, pois estava a ler um livro. Senti frio, ouvi portas baterem e então, gritos. Sra. Saint, eu gritei e caminhei até seu quarto, tudo estava escuro e as janelas do corredor estava aberta e as cortinas dançavam. Passei pela sala para ir ao quarto da senhora. Eu juro... eu vi. Vi Vultos passarem pela sala, embora meu medico diz que fora tudo alucinação. Eu vi.
Um vaso caiu, as sombras dançavam por onde a luz de fora podia entrar. E então, quando alcancei o quarto da pobre senhora. Ela estava morta em seu leito, a cama empapada de sangue. Por Deus, essa imagem não sai da minha cabeça, seus olhos estavam abertos. Olhando para o teto e nele... Havia alguma coisa ali, escura como sombra, mas tão sólida e palpável quanto o próprio teto. Vi olhos verdes, brilharem e olharem para mim. Eu gritei, corri pelo corredor. Cheguei a sala e então, como não percebi antes, a casa estava infestada deles. Todos presos as paredes, com olhos verdes e claros, com brilho próprio. Me observavam. Tentei correr, mas minha bolsa estourou neste momento. Senti as dores da contração. Eram terríveis, nauseantes. Vomitei enquanto me arrastava pela porta, gritando na esperança de que alguns visinhos acordassem e viessem acudir-me. Mas ninguém veio. Ninguém. Então, ela abrira a porta da frente, vindo em minha direção, usando um vestido preto, extremamente decotado. Sua pele era branca e seus olhos mantinham um brilho peculiar das outras sombras ao meu redor. Eu baixei a cabeça contra o piso e rezei enquanto aquele som maldito dos sapatos dela aproximava-se de mim. O cheiro de seu perfume invadiu minhas narinas, impregnando-a, ainda sinto tal cheiro adocicado, misturado com o odor de fornicação.
Ela viera até mim e sussurrou em meu ouvido. Eu queria meu bebê, a qualquer custo. Deus, como pode fechar os olhos para mim naquele momento? Mas apesar de eu rezar, de achar injusto que tudo aquilo estivesse acontecendo, era em você que eu pensava. De alguma forma esperava que você entrasse pela porta e me tirasse dali. Como sou iludida...
Aquela mulher... Ela... Enfiou sua mão dentro de mim e a tirou... Nossa filha, nossa bela menina. Deus... Ela tirou de mim. Era tão linda sua filha, e tinha seus olhos, azuis como safiras.
A dor era insuportável, tanto a física quanto e a dor de ver aquela mulher sumir porta a fora e todas aquelas sombras e acompanharem como um turbilhão que jogou todos os moveis para os lados.
Eu gritei, chorei... Arrastei-me até a porta enquanto sangrava, mas ali fora não encontrei ninguém.
Deus...
Deus...
Quando me dei por mim estava no hospital, minha mãe segurava a minha mão e meu pai estava adormecido em uma cadeira.
A abracei e chorei e então lhe contei a verdade, e ela me olhou consternada. Disse que eu havia fugido de casa, mas que nunca soube que eu estava grávida e mesmo quando meu pai acordara. Disse que não sabia sobre aquilo. Lhe disse de quando ele me bateu e ele ficara horrorizado. Disse que me encontraram na rua, com os pulsos cortados.
E eu olhei minhas mãos, estavam realmente enfaixados. Eu tentei me levantar, aquilo não podia ser verdade, e minha filha? MINHA FILHA!
Os médicos chegaram, disse que eu nunca estive grávida. EU surtei, fui violenta, e minha dor, minha perda? Ainda podia sentir meu ventre violado.
Fui transferida para os hospital psiquiátrico. Ainda me nego acreditar que tudo aquilo que vivi fora uma alucinação, ainda sinto o cheiro dela, ainda tenho o cheiro de sangue nas mãos. Ainda vejo os olhos azuis de nossa filha quando fecho os olhos. Onde estive durante o tempo que estive fora de casa? Foram meses...
Não sei como encerrar essa carta, ela faz parte do meu tratamento. Ainda que me negue a acreditar que fora isso tudo uma ilusão.
Não sei se você vai acreditar em mim, ou se vai mesmo ler essa carta. No fim, acho que tanto faz, nada vai mudar meu estado. Jamais.
Meu amor, espero que ao menos esteja sendo feliz em sua vida. De verdade.

Não desejo perturbar sua vida pacata. Com sua esposa e talvez filhos. Só queria que você soubesse de tudo o que aconteceu desde que nos encontramos pela ultima vez.
Desejo a você, toda a felicidade do mundo, e apesar de toda a dor que senti, de toda a tristeza, eu não o culpo.

Um beijo em seu rosto, espero que ao menos o perfume desta carta lhe faça lembrar de mim.

Até mais.


Karine Fransier”



O homem terminou de ler a carta com lagrimas no rosto, que pigavam molhando o papel em suas mãos. Depois daquilo, certamente sua vida não seria mais a mesma. Mesmo que ela tivesse tido tal alucinação, a culpa era dele. Era isso que sentia. E se ela tivesse tido realmente aquela filha, a filha cuja qual nunca tivera. O que devo fazer? Ele pensou.
Mal notara que sua esposa estava abrindo a porta. E então, o encarou, com os olhos vermelhos e inchados. E por mais que ela perguntasse o que estava havendo, ele não abria a boca, não tinha forças para falar. Estava destruído com papeis na mão.
Ele entrou a carta nas mãos da esposa, pegou o casaco rapidamente e as chaves do carro. E deixou a casa.
O destino? Talvez o Sanatório Municipal de Greenhall. Mas isso seria outra historia. Ali, sua esposa lera a carta e certamente vite e quatro anos de casamento tenha ruído, mas ela conhece o marido que tem e certamente o perdoaria, afinal ela nunca pudera lhe dar um filho.

Mas enfim, Era fato que talvez, a mulher de olhos Verdes pudesse ser, na verdade, Luxuria. E ela, certamente está olhando para você neste momento, Mas isso pode também ser uma alucinação, uma ilusão... Ou não.

















Douglas Reverie